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Saiba diferenciar o politeísmo do monoteísmo

Atualizado: 13 de nov. de 2020

Origem do Monoteísmo Há quem defenda que o Monoteísmo se origina na narrativa bíblica dos hebreus e que Abraão tenha sido o seu fundador. Por isso as religiões monoteístas, por vezes, também são chamadas de Abraamicas. No entanto, alguns estudiosos apontam que a primeira religião a adotar o Monoteísmo foi zoroastrismo, fundada pelo profeta Zoroastro, na antiga Pérsia. Principais religiões que seguem a corrente monoteísta • Islamismo • Cristianismo • Judaísmo De todas as religiões monoteístas, o Islamismo é a que mais cresce em todo o mundo. Presente em pelo menos 80 países, a religião Islã se baseia nos ensinamentos do profeta Maomé. Sua doutrina prega submissão e obediência à lei de um único deus (Alah).  Dentro do próprio Islamismo existem vertentes diferentes, das quais as mais conhecidas são as sunitas e as xiitas. Seus ensinamentos encontram-se no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos e que, segundo a fé islã, reúne mensagens divinas recebidas por Maomé. O cristianismo é a religião que possui o maior número de adeptos na atualidade. Seus ensinamentos se baseiam na crença em Jesus Cristo e tem como livro sagrado a Bíblia.  Assim como o Islamismo, o Cristianismo possui ramificações dentro da própria religião. As mais conhecidas são o catolicismo e protestantismo (resultado da reforma protestante liderada por Martinho Lutero). Os símbolos religiosos do cristianismo também variam de acordo com a vertente dos adeptos. Enquanto a cruz é usada como referência para os cristãos católicos, os cristãos protestantes adotam a própria Bíblia como seu símbolo. De todas as religiões monoteístas, o judaísmo é a mais antiga. Assim como o Cristianismo, os judeus têm como livro sagrado a Bíblia, no entanto, eles se baseiam nos livros do antigo testamento. Como símbolo sagrado os judeus adotam o Menorá, um candelabro de sete braços. Os templos judaicos, chamados sinagogas, abrigam uma arca que simboliza a ligação entre deus e os judeus. As sinagogas são locais de preces e de estudos e onde são realizados os cultos e rituais sagrados pelos sacerdotes chamados rabinos. Monoteísmo: variação de concepção de deus O Monoteísmo carrega variações de concepção de deus. As religiões monoteístas apresentam divergências entre si que vão desde concepção filosófica da crença de que todas as religiões têm origem num único deus. Baseado na ideia de bem e mal, a concepção do monoteísmo filosófico está presente em algumas religiões monoteístas, dentre elas o Judaísmo e o Zoroastrismo. Parte do Cristianismo e parte do Islamismo também admitem essa concepção. Existe outro entendimento do monoteísmo que propaga Deus como base ética da sociedade. Tal concepção é a do monoteísmo ético, que defende que o comportamento e a conduta humana a ser seguida é ditada por deus. A fé Bahá’í  é a concepção do monoteísmo que prega um único deus de suprema sabedoria. Segundo esse entendimento, um único deus é responsável por criar todas as coisas. Além de acreditar que um único deus é responsável por estabelecer todas as religiões no mundo, os Bahá’í acreditam que ele é inacessível aos homens. Diante desse ponto de vista, deus expressa sua vontade de educar a humanidade através da religião, com o objetivo de ensinar aos povos o que é necessário. Outras concepções do Monoteísmo Judaico  - prega a unicidade de deus e não admite que existe outro deus único; Islâmico - acredita em deus (Alah, em árabe) como o único, inigualável;

Trinitário – presente em parte do cristianismo, esse entendimento defende e existência de um deus onipotente, onipresente e onisciente, que subsiste no pai, no filho e no espírito santo;

Deísmo – crê em uma divindade responsável por criar a natureza, um deus impessoal;

Monismo – acredita num deus pessoal;

Panteísmo – entende deus como o universo;

Panenteísmo – vê o universo como pertencente a um deus onipotente e onipresente, que transcende;

Substancial – sustenta que há uma única forma subjacente de deus e os deuses são formas dessa única substância.


Politeísmo é a crença em muitos deuses ou sua adoração. Resulta de crenças em espíritos, demônios e forças sobrenaturais, definidas vagamente em crenças como o animismo, totemismo e culto aos ancestrais. As forças sobrenaturais são organizadas e personificadas em uma família cósmica que é o núcleo do sistema de crenças de um povo ou etnia. O politeísmo se espalhou pelo mundo antigo e em muitas culturas antigas existiu a prática do politeísmo e seus deuses tinham características humanas (antropomórficos) e funções específicas, como na Grécia e Roma antigas, onde havia um intrincado sistema mitológico e diversas divindades que interferiam nas atividades humanas (mitologia grega): Zeus, Hera, Palas-Atena, Poseidon, Ares, Apolo, Afrodite, etc. O império romano assimilou o politeísmo grego e de outras culturas que conquistara (mitologia romana): Júpiter, Juno, Minerva, Netuno, Marte, Apolo, Vênus. No Egito antigo os deuses tinham formas híbridas de objetos da natureza, animais e humanos num sistema de crenças bem desenvolvido e que era a base de sua cultura. Os faraós eram as personificações de deuses na terra e seus deuses eram o sol (Amon-Rá), a fertilidade (Isis), a fecundidade (Osíris) e outros.

Conforme os sistemas de crenças politeístas se desenvolviam, se estabeleciam sistemas de hierarquia entre essas divindades e as famílias de deuses explicavam os fenômenos naturais e sua relação com o universo. Raramente admite uma verdade absoluta como no monoteísmo e o politeísmo praticado em muitas antigas culturas asiáticas, africanas, europeias e entre indígenas nas Américas, ainda hoje é a crença de muitos povos. Politeístas são as religiões e crenças popularmente praticadas em todo o mundo atual, ou seja, no Hinduísmo, Budismo Mahayana, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo e nas religiões tribais africanas e americanas. As ideias politeístas de moral e ética são relativas à cada cultura e aos seus indivíduos, sendo cada qual livre para adorar os deuses de sua escolha e para agir à sua própria maneira. Faltam aos politeístas responsabilidades, senso de propósito e esperança como a de salvação e vida eterna, típicas dos monoteístas, com maior relativismo e flexibilidade entre o relacionamento de pessoas e divindades.


Ainda que se admita que o politeísmo é conciliável com o monoteísmo inclusivo ou outras formas de monismo religioso, a incidência histórica do monoteísmo é tão rara e dificilmente se admite a teoria da evolução natural das religiões do politeísmo ao henoteísmo e monoteísmo. Mas, certas doutrinas politeístas modernamente foram chamadas de neopaganismo, porque combinam elementos de várias religiões anteriores ao cristianismo e há quem defenda uma graduação entre o politeísmo e o monoteísmo – o henoteísmo - que adota a crença em vários deuses, mas com a preponderância de um sobre os outros e que somente este maior é que recebe a adoração dos seus crentes, fiéis ou seguidores. Com isso, há antropólogos que defendem a teoria de que as sociedades antigas passaram do politeísmo para o henoteísmo e finalmente chegaram ao monoteísmo. Portanto, a distinção entre monoteísmo, henoteísmo e politeísmo não é objetiva ou clara.



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